segunda-feira, 16 de agosto de 2021

SEM "PRESENTE" NEM FUTURO NAS FRONTEIRAS

Pode que a pobreza seja o furto do futuro,
mais, a pobreza na fronteira é a ausência de presente
e o assalto do futuro de muitos meninos

 
O passado domingo 15 foi o dia de celebração das crianças na Argentina e Uruguai; entanto no Brasil será o dia 12 de outubro, porem, para a Unicef o dia universal das crianças será o dia 20 de novembro. No entanto, para muitas pessoas isso não importa, essas questões não mudam em nada a realidade da vida de muitos meninos que moram nas fronteiras, não só de aqueles que nasceram o moram ali, mais também dos migrantes que tem chegado a muito tempo na região.

Por exemplo tem sido “durante o ano de 2020, 1.577 crianças separadas, desacompanhadas e sem documentos [...] apenas nos três primeiros meses de 2021 o número chegou a 1.071”1, só entre Venezuela e Brasil; porem, “entre outubro de 2020 y fevereiro de 2021, pelo menos 430 meninos, meninas e adolescentes (NNA) saíram da Venezuela só o junto a outros menores de idade.

Alem do mais, 51.250 crianças e adolescentes se moveram em uma migração misturada que passou a fronteira colombo-venezolana (32.500 retornaram)”2 segundo fontes venezuelanas. Por isso alguns acreditam que não a nada que celebrar. Na Argentina “O 67% de nossas crianças estão por baixo da línea de pobreza, cerca de 8 milhões de almas em pena sem horizonte a vista. Um milhões de crianças desertarão das escolas durante o último ano y nenhum foi a escola em 2020”3.

Ter que assistir a escola sem saber pra que, sem outro objetivo futuro alem de ter que ir para poder se alimentar de graça, ou para não ficar só na casa, ou na rua enquanto os pais trabalham, ou para receber os benefícios sociais do governo; ou até pior ainda, tendo que deixar de estudar para ir trabalhar no que bem poder, porque não a dinheiro suficiente na casa, o pai está enfermo ou a mãe ganha muito pouco trabalhando nos comércios da fronteira, com as vendas nas ruas o com os serviços de diarista.
Nem falar das crianças que tem migrado para uma cidade nova, com outra cultura e até com outra língua, que os acolhe com bondade mais que já tem suas próprias dificuldades (de violência, desemprego ou ate de falta de assistência médica), mas, por mais que quisessem não poderiam proteger todas as frágeis crianças expostas a abusos, violência, descaso e até exploração, laboral ou sexual, o que tudo o mundo sabe mais ninguém fala para não ter problemas, mais que chegam ao Estado uruguaio: “Desde o 2017, mais de 800 menores tem se vinculado a centros do Instituto del Niño y Adolescente del Uruguay (INAU)“[...] “seja porque no tinham um referente adulto y o Estado fez-se cargo deles, e outros que vieram com seus pais e concorrem a centros da primeira infância ou clubes de crianças”4.

Todos sabem que ao chegar aos 12 anos, 15 no máximo, a pessoa tem que sair a batalhar e forjar o futuro, como em toda as partes, na fronteira não é diferente, a isso temos que adicionar a pandemia e a crise econômica que se faz sentir mais fortemente nas fronteiras, onde o que mais há são ilegalidades, porque os governos não tem a capacidade de criar fontes de emprego verdadeiras, que de a população da região um presente mais digno ou até a possibilidade de sonhar com um futuro melhor.

Talvez os governos da região devessem começar a investir mais na primeira infância e cuidando melhor da juventude, atraindo ou gerando emprego sustentável a fim de dar outras oportunidade e mais possibilidade de superação pessoal, reduzindo as desigualdades intelectuais e financeiras, para que os guris de hoje possam ter um trabalho digno, sonhos alcançados e vidas realizadas, sem ter que optar por um plano social do governo, ou pela ilegalidade ou a marginalidade do contrabando, fazendo de quileros ou bagayeras, como forma de sobrevivência; ou até quem sabe baixando o custo de produção na região 5, porque eles também podem e merecem viver melhor, não apenas como dependentes, mas também como empreendedores autônomos.

Richar Enry Ferreira
Publicación en español: AGENCIA Del Plata o El País
Referèncias

domingo, 8 de agosto de 2021

ARGENTINA, DE LA RE.DE. A LA JU.HUM.

Dejando el infantilismo

y asumiendo el lugar que le corresponde a cada uno


En sintonía con el trato arbitrario y la designación infantil o eufemística de la realidad que el gobierno argentino tiene para con algunos temas -ya que “la desventura de los “izquierdistas” está en que no han observado la propia esencia del “momento actual”1- tan delicado y caro a los ciudadanos, podría decirse que mientras ha popularizado la DESPO y la ASPO2, el mismo ha mantenido una actitud Represiva de Derechos (RE.DE.), en vez de construir gobernanza y transformar la situación de la seguridad pública en un punto fuerte de la democratización del Estado, siendo Jurídicamente más Humanista (JU.HUM.).

Décadas de ostracismo y negación legal de reconocimiento, han llevado a la Argentina a un estado de corrupción, abuso y descuido de sus fuerzas de seguridad, como es poco visto en la región, sin embargo, todo esto podría haberse evitado hace mucho tiempo, simplemente con una actitud aperturista y democrática, la misma que le permitió superar los momentos más duros e indeseables allá por los ´80, simplemente reconociendo la calidad de humana de los Policías, por algún mecanismo legal o simplemente reconociéndolo ante la Corte Suprema de Justicia de la Nación3, el Estado podría haber evitado el actual caos institucional que vive.

No caben dudas de que el Estado y las Provincias tienen el poder de regular el derecho a organizarse y reclamar, que tienen los trabajadores del área de la seguridad pública, por el solo hecho de ser personas4, pero, como dijo Esteban Arriada, Técnico Superior en Seguridad Pública y Secretario General del Movimiento Policial Democrático, durante el webinario del GRUPO América Segura5, realizado el pasado miércoles 21 de julio, donde explicaba: “lo peor de ésta pandemia es que ha venido a dejar en evidencia las injusticias que los trabajadores policiales viven; sin los equipamientos necesario y sin los medios adecuados para el servicio, pero ahora también sin la protección de aislamiento y de cuidado propios de ésta pandemia, aún los Policías no han dejado de trabajar ni de intervenir […] los abusos institucionales, algunos gobernantes se los atribuyen únicamente al personal uniformado, pero ese personal uniformado, actuó bajo las ordenes y las directivas de los gobiernos de los Estados y la Justicia”.

Por otra parte, el mismo agrega que, “lamentablemente las instituciones que tratamos de representar los derechos de los trabajadores de la seguridad pública no somos escuchados, todo lo contrario, somos ignorados, con absoluta alevosía, y no se nos permite la construcción de un dialogo, entre quienes pensamos el ejercicio de los derechos dentro de las responsabilidad de los trabajadores y quienes deben hacer que el mando político se cumpla; entonces, esto permite que las ordenes abusivas de los jefes sean ejecutadas por parte de los trabajadores, pero, después quienes pagan las consecuencias son solo los trabajadores. Así, quedan a la intemperie y nadie se hace cargo de la orden que dictaminó,… siempre, los platos rotos de las malas decisiones y de la mala política, la pagan los trabajadores”.

Las próximas instancias electorales tiene para, una sociedad amedrentada, desganada y desmoralizada6, pero especialmente para los trabajadores de la seguridad pública, la virtud de generar un horizonte de expectativa y una luz de esperanza, tan necesaria como imprescindible, para seguir viviendo, creciendo y prosperando, soñando con un mejor día después; donde los trabajadores policiales puedan denunciar la corrupción, ser parte de los tribunales disciplinarios, y así con los gobiernos, construir ámbitos laborales más dignos, generando transformaciones necesarias y acordando salarios justos, que le permitan a todo el pueblo contar con el servicio de seguridad que se merece7, dejando de ser atendidos “con lo que sobra del poder”, porque no tiene para pagar una seguridad privada o porque el personal policial es insuficiente.

La clave es no perder la esperanza y saber que siempre se puede estar mejor, solo depende de que la voluntad del soberano sea sensible a una realidad que no cotiza en bolsa pero que es tan o más valiosa para la construcción democrática, el dialogo nacional y el respeto a los Derechos Humanos de todos los argentinos y argentinas de bien, que a diario arriesgan su integridad física y propia vida para salvaguardar la paz social.

Richar Enry Ferreira

sábado, 31 de julho de 2021

O DITADOR QUE TODO GOVERNANTE CARREGA DENTRO

Há um ano e meio o mundo tem mudado,

e os governantes brasileiros não tem sido alheios a isso

comercios fechados

Alguns têm sido medidos ou moderados na sua gestão da pandemia, mais outros têm exposto aos olhos de todos o que eles realmente são, mas tentaram esconder por anos com discursos falaciosos de democracia.

Abril de 2020, “pequeno comerciante é preso e humilhado por abrir loja na quarentena”1, março 2021 “Juiz alega que decreto municipal é inconstitucional e libera comerciante preso por abrir loja em Ribeirão2, e por aí vai; uma quantidade imensa de pessoas tentando exercer o direito a trabalhar, tomando os cuidados que a situação exigia, mais ainda assim, o poder de governo o impedia fazendo uso da força, e não só em um Estado ou Município, os eventos foram se repetindo dia pós dia, cidade trás cidade.

Não sendo indiferentes a essa realidade, os próprios trabalhadores da segurança pública saíram a público com o intuito de fazer ouvir a sua voz, sem nenhum viés político, mais sim para salientar e recordar a verdadeira função das instituições policiais; com uma carta aberta a todos os Policiais e Bombeiros do Brasil que diz: “É fato notório que as autoridades de todos os entes políticos, em função do enfrentamento da pandemia instalada, estão editando atos normativos restritivos das liberdades e garantias individuais, por vezes contraditórios ou de constitucionalidade e legalidade duvidosa. Os irmãos de farda devem se acautelar no cumprimento das aludidas disposições normativas tendo sempre em linha de consideração os direitos e garantias individuais assegurados pela constituição e pelas normas aprovadas pelo Congresso Nacional”3, assim o assinalava a Associação Nacional de Entidades Beneficentes de Policiais e Bombeiros do Brasil em março de 2021 (ANERMB).

Em entrevista, realizada na passada quarta-feira 21 de julhio, por ocasião do primeiro webinario promovido pelo GRUPO América Segura, o Presidente da ANERMB, Leonel Lucas, Sargento da Policia Militar, com mais de trinta anos de experiência na corporação e Formado em Gestão Pública, expressou: “no inicio foi muito difícil, nos ficamos, como se disse, entre a cruz e a espada [...] fio muito difícil, muitas vezes teve confronto entre a população e a Policia Militar, no cumprimento de essas normas do isolamento [...] o problema maior foi de ter que fechar os comércios, aquilo que é o teu sustento, o bem da tua família, e muita gente perdeu o emprego. Aqui temos ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, que dize que não era para fechar comércio, os Governadores e os Prefeitos diziam que tinha que fechar os comércios, agora, você imagina a uma parte da população achando que tem que abrir o comércio porque o Presidente diz que não tem que fechar, e a outra parte falando pra fechar os comércios, e aí a quem é que tu vai obedecer nessa hora?: ao Presidente da República, aos Governadores e os Prefeitos. Então, a briga ficou política e nos os Policiais Militares ficamos no meio dessa briga política, e a população também, ali junto, no inicio foi muito difícil”4, por isso fizemos essa carta em março, para todos os trabalhadores da classe ter cuidado com o abuso de autoridade.

"A briga ficou política

e nos os Policiais Militares

ficamos no meio

dessa briga política,

e a população também,

ali, junto, no inicio foi muito difícil”




A arbitrariedade desde os Poderes não tem sido só uma percepção dos trabalhadores da segurança pública, instituições, autoridades e pessoal da área jurídica do país tem advertido sobre tudo isso e das conseqüências legais que pode acarretar para a cidadania, já que: “Parafraseando uma fórmula clássica do debate jurídico, podemos afirmar que, diante da pandemia, o direito brasileiro tem servido tanto como escudo que protege os direitos humanos, como a espada que os ataca e ameaça, pois normas e decisões judiciais têm servido a ambos papéis”5. Então por uma parte, “O Estado fica autorizado a adotar medidas coercitivas nos limites da lei, que, em situação de normalidade, violariam os direitos do cidadão. Essas medidas estão expressamente previstas no artigo 136, parágrafo 1º, Incisos I e II, da Constituição Federal. São elas: restrições aos direitos (i) de reunião, ainda que exercido em associações […] Por óbvio, a restrição dos direitos deve estar finalisticamente atrelada aos resultados que se pretende buscar com a medida. O estado de defesa não é um cheque em branco para a restrição dos direitos fundamentais”6, e também tivemos ao “Ministro Fachin determina suspensão de operações policiais em comunidades do RJ durante pandemia”7, com os efeitos que isso tem trazido para a sociedade carioca.

A questão e que a maioria dos governantes tem esquecido que é preciso pensar nos e nas profissionais que atuam na primeira “linha de frente”, e que estão em uma posição de maior risco de contaminação, que podem pegar, mais também transmitir o vírus para suas famílias e amigos; em vez disso a classe política não discute sobre os impactos da pandemia nas vidas dessas pessoas e nos espaços de trabalho, nem de como tudo isso tem afetado a esse cidadãos: “Por exemplo, na polícia de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos Estados Unidos, no início de abril quase 20% do seu efetivo estava em licença médica por conta do COVID-19 e até o momento 41 pessoas que trabalham na força policial morreram por conta da doença. Estes números são o prelúdio do impacto que o vírus pode causar nas forças de segurança brasileiras. A Segurança Pública é uma área de atuação governamental essencial para a sociedade e que ganha ainda mais relevância em momentos de crise como o que estamos vivendo”8.

Enquanto eles se procuram, como diz Octavio Paz: “Cada leitor busca algo no poema. E não é insólito que o encontre; já o trazia dentro si”; continuaremos observando e analisando a aplicação das políticas de segurança pública e o respeito a Constituição Federal.

Richar Enry Ferreira

1 - https://horanews.net/pequeno-comerciante-e-preso-e-humilhado-por-abrir-loja-na-quarentena/
2 - https://evidenciador.com.br/juiz-alega-que-decreto-municipal-e-inconstitucional-e-libera-comerciante-preso-por-abrir-loja-em-ribeirao/
3 - https://www.acspmbmgo.com.br/noticias/carta-aberta-da-anermb-a-todos-os-policiais-e-bombeiros-do-brasil.html
4 - https://open.spotify.com/episode/4nJ8DPmm5QDJtCzGbj9VQj?si=CK0499KJST2ZReQcE-IXmA&dl_branch=
5 - https://static.poder360.com.br/2021/01/boletim-direitos-na-pandemia.pdf
6 - https://www.conjur.com.br/2020-mar-24/embargado-opiniao-formas-manutencao-ordem-publica-tempos-pandemia
7 - http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=444960&ori=1

sexta-feira, 30 de julho de 2021

DIARIO URUGUAY presenta el Libro: QUILEROS, entre historias y caminos

TIENDA DE LIBROS

El presente libro, contiene una recopilación de autores fronterizos y surge como una iniciativa ciudadana, un trabajo autónomo e independiente de toda organización o institución, pública o privada, local o nacional, creado con el único objetivo de recuperar y revalorizar las historias de frontera relacionadas al contrabando de sobrevivencia, también conocido como quileo, el cual se practica en toda la región limítrofe con el vecino país, Brasil, y se remonta incluso a antes de la constitución de la patria, el cual sin embargo, no es enseñado por la educación formal, ni consta en los libros curriculares de ningún nivel educativo.


Se constituye así, este material, en un documento inédito, donde se relatan vivencias y anécdotas, donde se plasman semblanzas y se describen andanzas únicas, con decenas de imágenes y representaciones gráficas. Un libro único en su tipo, importante para la construcción de la identidad y la cultura, particular y propia de los pobladores de frontera, que aún hoy día, a costo de su propia vida, viajan para adquirir bienes de consumo o comercialización, mercaderías que traen por diversos medios y distintos caminos, de a quilo y a diario, como forma de generarse una vida medianamente digna y así sustentar a sus familias.

El mismo, ha sido realizado en el entendido de que toda la población fronteriza tiene el derecho a reconciliarse con su pasado, con orgullo y sin vergüenza, resignificando la práctica del contrabando de sobrevivencia, conociendo las historias de sus antepasados, descubriendo los modos trabajo, de vida y de quileo que hasta hoy día se practican, incluso al margen de la ley, como forma de replantear el tema a futuro, actualizado y modernizado de acuerdo al marco legal regional actual.


Quienes desconocen los verdaderos motivos que llevan a las personas a ser “Quileros”, podrán descubrir detalles de sus motivos, razones y circunstancias que llevan a las personas a realizar dicha actividad, las tácticas y estrategias utilizadas para el transporte de la mercadería del vecino país, así como las ventajas y desventajas de la vida en la frontera; pudiendo así entender mejor y de forma más cabal que, esos seres humanos son trabajadores honestos y esforzados, responsables por familias y el futuro de los suyos, que buscan superarse incluso mientras estudian y trabajan en a capital, comiendo de esos productos más baratos lejos de la frontera.



“CONTRABANDISTAS: CRÓNICAS DE CARGUEROS” – Lucio Ferreira, de 95 años de edad, habitante de Chuy, Rocha.

“LOS CIMARRONES” – Jorge Carlos Muniz, de 60 años de edad, habitante de Vergara, Treinta y Tres.

“LOS CARGUEROS DE CONTRABANDO EN EL RIO YAGUARON” – Juan Carlos Muniz, de 58 años de edad, de Rio Branco, Cerro Largo.

“JUAN MORALES: QUILEROY PADRE DE FAMILIA” – Nicolás Barboza Morales, de 29 años de edad, nacido en Fraile Muerto, Cerro Largo.

“DE ACEGUA A MELO” – Richar Enry Ferreira, de 44 años de edad, oriundo de Melo, Cerro largo.

“CONTRABANDO, PERSPECTIVAS A FUTURO” – Atilio Amoza, 43 años de edad, de Tacuarembó.


AGRADECIMIENTOS

Como recopilador, tengo el gusto de decir que conozco a cada uno de los autores, y sé de la seriedad con la que han trabajado el tema; me consta que les es caro todo lo relacionado al modo de vida en la frontera, y que aquí solo se plantean hechos de la realidad, que reflejan el vivir y sentir de gran parte de la ciudadanía. Por ello, les agradezco inmensamente por haber confiado en mí para la elaboración de este trabajo.

A pesar de las dificultades para traer hasta usted esta compilación, sin el apoyo de ninguna institución pública o privada, es mi anhelo que el acceso a este texto haya sido de su agrado, que le haya enriquecido, y que le permita apreciar la vida de los quileros y de mucha gente que vive del contrabando hormiga con empatía, de un modo más humano, sin juzgar moralmente y sin condenar por prejuicio.

Se podrán dictar mil cátedras, se podrá brindar un sinnúmero de discursos tecnocráticos detrás de un escritorio, allá por la capital, y hasta se podrán realizar diversos informes periodísticos por parte de curiosos visitantes que vienen de paso; pero sólo los pobladores de esta región del país sabemos que, si no fuera por esos quilos de comestibles, por esas cargas de gas o por la venta de algunas ropas, la gran mayoría de nuestros conciudadanos no podría llegar a fin de mes.

Sólo quienes salen en ese viaje interdimensional -ya que para otras esferas de la sociedad eso es irreal, y pertenece a una dimensión desconocida-, sólo ellos, los que salen esperanzados a traer algo para poner en la mesa o revender, pueden contar y compartir lo que se vive y se siente saliendo día a día, aún a costo de sus vidas, a buscar el sustento mínimo para darles dignidad a sus familias, ya sea porque no hay trabajo, porque no están preparados para otra labor o simplemente porque no queda otra y hay que salir a luchar.
Agradezco a mi padre, Arturo Ferreira, por ese diseño de portada donde se autorretrató exclusivamente para esta publicación; por tomarse su tiempo no sólo para dibujar y pintar, sino para contarnos, siempre con orgullo, esa etapa de su vida, permitiéndonos así respetar y valorar a todos los que, antes y después que él, salen a diario con honestidad a enfrentar la inequidad, poniéndole el hombro a las cargas y el pecho a las balas, ya sea porque necesitan mantener una familia o porque se quieren superar personalmente, pero el entorno no propicia las condiciones laborales y sociales necesarias.

Espero que pronto podamos contar también con el Documental QUILEROS, y así, descubrir otras facetas del tema aportada directamente por los involucrados.

A todos, mil gracias; y a los que ya no están porque dejaron su vida en la ruta, desde aquí nuestro humilde homenaje. Q.E.P.D.

RicharEnry Ferreira



segunda-feira, 26 de julho de 2021

RESTRIÇÕES DE DIREITOS EM PANDEMIA, DA PERSPECTIVA EMPÍRICA

Um tema que é de interesse para ter uma sociedade latino-americana segura

Restrições de deireitos

“Restrições de direitos no contexto da pandemia” foi tema de discussão de três referentes regionais em segurança pública: Leonel Lucas do Brasil, Formado em Gestão Pública, com mais de três décadas de experiência na Polícia Militar e líder nacional do entidades representativas da Polícia e Bombeiros Militares na ativa e aposentados do Brasil (ANERMB); Oscar Benavides do Chile, Magister em Sociologia, Gendarme por mais de trinta anos e dirigente sindical dos penitenciários e fiscais (ANFUP e ANEF); e Esteban Arriada, da Argentina, Técnico Superior em Segurança Pública, ex-policial e líder social do Movimento da Polícia Democrática (MPD).

O evento aconteceu na última quarta-feira, dia 21 de julho, por meio de um canal na web, enquadrado em uma série de palestras ou webinars, denominada "Sociedade Latino-Americana Segura", que ocorre por iniciativa do "GRUPO América Segura" e que continuará ocorrendo nos próximos meses e culminará com uma grande conferência de encerramento em novembro de 2021.

Essas reuniões têm como objetivo “gerar insumos para a análise, mensuração e projeção de políticas públicas e segurança cidadã para a América Latina e o Caribe” - conforme estabelecem os princípios do GRUPO-, para que os cidadãos possam passar de estar “informados” sobre a insegurança para conhecer em profundidade seu papel no discussão do tópico. No caso de Benavides, por exemplo, ele nos ilustrou sobre o esforço conjunto dos trabalhadores (Gendarmes), dos privados de liberdade e suas famílias, para prevenir o crescimento de infecções nas instalações prisionais, limitando as visitas voluntariamente e com consentimento, tem sido o que tem evitado confrontos e conflitos entre os trabalhadores e a população carcerária. Lucas, por sua vez, expôs a difícil situação que os policiais enfrentaram, impedindo a população de exercer seu direito ao trabalho, quando as autoridades do governo estadual ordenaram o fechamento de toda atividades comerciais, como forma de reduzir os índices de contágio. Enquanto isso, Arriada criticava muito a falta de insumos e condições adequadas para policiais e agentes penitenciários, que, como em outros países (como o Uruguai), tiveram que cuidar de si e principalmente de sua saúde e da família individualmente, sem nenhum tipo de apoio técnico ou de saúde do poder público em seus locais de trabalho ou em suas residências.

Da mesma forma, Benavides exigiu que as autoridades que dirigem as instituições de segurança - policiais ou penitenciárias - sejam mais humanas e respeitosas com os direitos de seu pessoal, citando como exemplo a condição de ex-dirigente sindical da ANFUP que teve o atual Diretor Nacional da Gendarmaria, refletindo que o mesmo poderia acontecer com os Carabineros, permitindo-lhes, assim, a organização e associação desses trabalhadores, de forma que a construção da governança da segurança pública seja realizada com a participação ativa dos próprios trabalhadores. 

Arriada destacou a importância de policiais e trabalhadores penitenciários terem uma organização sindical reconhecida pelo Estado, que lhes permita discutir conjuntamente salario e outras questões de dignidade do trabalho, já que há problemas que há anos são arrastados pelas forças de segurança, mas cada governo que passa insiste em ignorá-los, ignorá-los e seguir em frente sem reconhecer seus direitos de se organizar legalmente para discutir seus problemas.

Lucas, por sua vez, destacou o papel das entidades sociais representativas dos bombeiros e policiais militares, visto que elas têm sido moderadores de conflitos e interlocutores válidos perante os governos, ante o confronto que o Governo Federal tem com os Governos Estaduais e Municipais, os colocando em uma zona neutra e de fogo cruzado de nível político, mas os expôs juridica e legalmente a julgamentos e abusos de poder que excederam os poderes constitucionais das forças de segurança pública.

Representantes do GRUPO América Segura, anunciam que nos próximos dias os debates ou palestras via web abordarão temas de interesse geral e particular aos protagonistas que executam as políticas de segurança, como por exemplo: pensões e aposentadoria policiais, condições humanas de aposentados e suas famílias; suicídios e homicídios de trabalhadores, atendimento psicológico, acompanhamento e contenção; fronteiras seguras e políticas adotadas para tais regiões de países. Esperamos que, ao final desta série de webinars, o conhecimento dos cidadãos sobre o assunto tenha sido enriquecido; portanto, continuaremos aguardando a discussão dos temas nos próximos meses, a fim de mantê-los mais e melhor informados.

"Nos próximos dias os debates ou palestras
via web abordarão temas de interesse geral
e particular aos protagonistas
que executam as políticas de segurança"


Richar Enry Ferreira

Para leer en español AQUÍ AGENCIA del Plata

Acesse o webinario na integra AQUÍ




sábado, 17 de julho de 2021

BAGAYERAS

Mulheres desobedientes na fronteira




Dizem por aí que falar de mulheres de sucesso e não falar daquelas rebeldes, que de alguma forma mudaram a história, é um absurdo. Nesste caso também estão elas: embora, como de costume, o mundo do contrabando tenha sido um universo predominantemente masculino, existiram e existem aquelas mulheres fortes, lutadoras, rebeldes, resistentes e polêmicas que prevaleceram sobre as adversidades e buscaram sua realização através de diferentes ideais, lutas ou ideologias.

Depois de um ano e meio com as fronteiras praticamente fechadas, e diante de um cenário de crise econômica e social, o papel dessas pessoas reaparece, por diversos motivos, mas com um senso de responsabilidade familiar, não é tão fácil para eles emigrar a procura de outro futuro: com filhos dependentes, mães ou pais idosos, e sem muitas oportunidades de trabalho na região fronteriça -onde a informalidade, o desemprego e a fome crescem-, elas mais uma vez quebram as estruturas e saem para lutar por seus necessidades e sonhos, com o que tem em mãos. Algumas roupas de brechó e outras de contrabando, alguns produtos de higiene e outros de beleza pessoal, ou alguns doces feitos com matérias-primas mais baratas compradas do outro lado, procuram negociar, –como está expresso no Livro QUILEROS-, porque as portas pareciam fechar-se sobre elas, e não viram surgir um lugar onde pudessem ir ganhar o pão com honestidade e dignidade; por esse motivo, recorreram à prática ilegal de contrabando, e não só de porta em porta, como aquelas que as precederam, mas também nas redes sociais e nos grupos de bate-papo.

As mesmas que esconderam os bagayos nas palhas, deram água aos cavalos, ou saíam para entregar os produtos quileados de bicicleta, são as que hoje, não se importam com quantas barreiras legais os Estados imponham, ou apragas nos punem, nem as condições irracionais se implementam nas fronteiras, não desistem dos seus objectivos nem estão dispostas a deixar os seus próprios sofrerem as injustiças que o poder determina para quem não tem amparo legal (embora a ficção tente fechar totalmente as fronteiras, transformando fronteiras em sujeitos dignos de cuidado, mas objetivando as pessoas e suas necessidades).

A verdade é que precisamos “de um olhar desde a perspectiva de gênero que recoloque as mulheres no eixo da cena, tornando-as visíveis e promovendo-as como sujeitos dignos de História, pois a história costuma revelar mulheres marcantes na medida em que compartilham um certo semelhança com os homens, deixando o resto do grupo de mulheres escondido ”1, não é a toa que o trabalho não remunerado realizado por as mulheres representa 10,8 Trilhoes por ano no mundo2.

Se o caminho para revitalizar a vida econômica e social nas fronteiras - que "tudo seria melhor se não existissem"3 - sera as MEI (Pymes),o empreendedorismo ou as bagayeras, o futuro o dirá; a questão é que elas, preparadas ou não, profissionais ou não, com capital próprio ou emprestado, as desobedientes e rebeldes serão as que nos ajudarão a superar a situação atual.

Richar Enry Ferreira

1- http://www.biblioteca.unlpam.edu.ar/pubpdf/aljaba/v16a16pigna.pdf

2-https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/trabalho-nao-remunerado-realizado-por-mulheres-representa-uS-10-8-tri-por-ano-no-mundo1

3-https://www.diariodelaltoaragon.es/noticias/cultura/2021/05/29/gorsy-edu-el-mundo-seria-un-poco-mejor-si-no-existieran-las-fronteras-1495752-daa.html?autoref=true

sexta-feira, 16 de julho de 2021

NOVOS DESAFIOS

 Sociedad Latinoamericana Segura

segurança publica, America, seguridad publica, segura, policia, derechos, seguridad, segurnaça

Há poucos dias fui convidado para realizar uma série de palestras, que serão transmitidas no canal do @GRUPOAméricaSegura, e que versarão sobre um tema com o que já estou relacionado há muitos anos e não poderia recusar.

É uma honra para mim poder reencontrar por este meio grandes pessoas que tive o prazer de conhecer em algum momento, mas é especialmente um privilégio estar a cargo da organização e divulgação destes eventos, com uma série de painéis de destacados líderes de reconhecida trajetória no assunto.

Espero que estes sejam da máxima produtividade e que no final da série a avaliação seja extremamente positiva.

Deixo o convite ...

Richar Enry Ferreira

sexta-feira, 25 de junho de 2021

FRONTERAS: AMENAZA INVASORA O MIGRACIÓN NECESARIA

Emigración, natalidad y mortalidad podrían estar más relacionadas
de lo que imaginamos.

migracion, fronteras, seguridad pública, amenza
© ACNUR/Roger Arnold

Debido a la situación internacional denominada de "pandemia" o "crisis sanitaria", la movilidad migratoria en las fronteras del país obviamente se ha visto alterada, y en algunos pasos de frontera ha sido más significativa que otros; hasta la propia migración forzada por cuestiones políticas y económicas se ha visto reducida, especialmente en lo que tiene que ver con los pedidos de asilo o refugio.

Según lo expresado por el propio Ministerio de Defensa Nacional, en días pasados en la frontera del Departamento de Artigas se "evitaron este año 1077 ingresos irregulares", lo que evidencia la presencia de centenas de acciones tentadas para ingresar, claro ejemplo de que el país sigue siendo considerado un lugar con oportunidades con las que no cuentan algunos otros países de la región. En los días siguientes agrega que "400 mil personas han circulado por la frontera de Aceguá en 15 meses", lo que refleja una fluida movilidad legal en otra importante región fronteriza (sin desmerecer los demás puntos de ingreso al país, que presentan igual o mayor relevancia numérica), lo que hace de nuestras fronteras un lugar delicado y peligroso, pero también de trabajo y esperanza.



Se "evitaron este año 1077 ingresos irregulares", sin embargo, "400 mil personas han circulado por la frontera de Aceguá en 15 meses" sin ningún tipo de incidente.

 

 

Recordemos que "migrante" y "refugiado" no significan lo mismo. Podemos señalar que según información extraoficial referente al período 2018-2020, por ejemplo, el número de pedidos de refugio por parte de cubanos en 2019 fue un 20% menor que el registrado en años anteriores (2017 y 2018); entre tanto, el ingreso de venezolanos en busca de refugio en 2019 fue mayor que en años anteriores (160% más). Sin embargo, y por motivos obvios, como la situación de crisis sanitaria generada por la pandemia, los ingresos de extranjeros al Uruguay descendieron notablemente durante 2020 alcanzando el 80% menos de Cubanos y Venezolanos que en años anteriores, variable que se mantenía en descenso pero que según autoridades de ACNUR-ONU podrían presentar un leve crecimiento de extranjeros refugiados para este 2021, encontrándose entre ellos haitianos, congoleños, senegaleses y bangladesíes.

Podría parecer que ésta migración forzada por motivos de asilo le quita posibilidades de empleo a muchos uruguayos, reduciendo así la ya menguadas fuentes de trabajo existentes; y algunos hasta arriesgarían a decir que eso es injusto, porque muchos han tenido que migrar en busca de un mejor nivel de vida. Sin embargo también corresponde plantearse cuántos de los trabajos que realizan los refugiados o migrados al país no eran realizados por uruguayos, que desmerecían esas ocupaciones o aspiraban a una remuneración más elevada, o cuántos simplemente no tuvieron la capacidad creativa de generarlos; y mucho menos nos cuestionamos cuántos comerciantes promueven el ingreso de extranjeros a sus empresas incentivados por las exoneraciones tributarias que reciben de parte del gobierno, lo que los hace más atractivos como mano de obra barata, para el competitivo mercado laboral actual en el país más caro de la región.

Tal es así que el presidente Luis Lacalle Pou aseguró que "Uruguay tiene vocación de ser receptor de mucha gente (...) Después de la pandemia, si la cosa termina medianamente bien y rápido, creo que va haber una migración mundial y Uruguay puede ser uno de los lugares donde llegue", expresó durante una entrevista.


 

"Uruguay tiene vocación

de ser receptor de mucha gente"

 



 Ahora bien: frente a esta realidad, cabe mencionar que la natalidad en Uruguay desde hace más de una década viene en descenso sostenido y no supera la cifra de 10 nacimientos cada mil habitantes. De hecho, "en 2019 hubo casi 37.500 nacimientos en Uruguay, un tercio menos que hace dos décadas" según el Ministerio de Salud Pública; y a pesar de que la mortalidad infantil, neonatal y posneonatal ha sido reducida en los últimos años, sus efectos no parecen tener incidencia en el crecimiento del país, quizás porque la emigración de uruguayos sigue siendo también constante y creciente hacia otras partes del mundo, donde creen tener más oportunidades. Si a todo eso le sumamos los incalculables y trágicos efectos de la mortalidad debido a la presente situación, quizás una vez más, los emigrantes y refugiados -como lo fueran nuestro abuelos y bisabuelos-, sean quienes recuperen la economía de un país avejentado (máxime cuando el 43 % de los migrantes hasta 2019 tenía nivel de estudios terciarios), con una elevada pasividad y con baja probabilidad de revitalización natural, abriéndose asimismo a otras culturas, a nuevos sistemas de vida y una modernidad adaptada sus necesidades.


Richar Enry Ferreira

Fuentes:
https://www.gub.uy/ministerio-defensa-nacional/comunicacion/noticias/puestos-control-del-ejercito-artigas-evitaron-1077-ingresos-irregulares-pais
https://www.elpais.com.uy/informacion/sociedad/refugiados-rastro-local-crisis-mundial.html 
https://negocios.elpais.com.uy/noticias/uruguay-caro-problemas-detras.html
https://www.elpais.com.uy/informacion/politica/lacalle-creo-haber-migracion-mundial-uruguay-lugar-llegue.html
https://ladiaria.com.uy/salud/articulo/2020/2/en-2019-hubo-casi-37500-nacimientos-en-uruguay-un-tercio-menos-que-hace-dos-decadas/
https://www.gub.uy/ministerio-desarrollo-social/indicador/tasa-mortalidad-infantil-neonatal-posneonatal-cada-mil-nacidos-vivos-total-pais
https://www.gub.uy/presidencia/comunicacion/audios/breves/murro-dijo-para-gobierno-inmigracion-es-positiva-destaco-43-nuevos

sábado, 29 de maio de 2021

FRONTERAS, LIMITES DE VIDA Y FELICIDAD

Los límites existen precisamente para eso, para subvertirlos. La frontera es, además, un lenguaje. Y reflexionar sobre ello resulta muy emancipador”

Mar Reykiavik

frontera, Rivera, quileros, bagayeros, contrabandistas
Imagen de @DrAcosta

Periódicamente suelo reflexionar sobre temas de frontera, y si bien anteriormente me detuve a analizar la potencial implementación de un pasaporte verde y sus perjuicios jurídicos, humanos y sociales, hoy vuelvo a centrarme en un tema más cotidiano que comencé a esbozar en esa publicación, y se refiere a la materia de seguridad pública en las fronteras.

Decía que, “crecerá la inseguridad y surgirán los sistemas ilegales de trata de personas”; y esto no es antojadizo o infundado. En primera instancia, acostumbro a contraponer sentido común y lógica para argumentar, pero además, lo vemos periódicamente: cubanos y venezolanos llegando a nuestras fronteras, traídos por verdaderas organizaciones para delinquir, que sistematizan y cobran el tráfico ilegal de personas, incluso y lamentablemente con la participación de integrantes de los propios Estados, que por acción u omisión permiten que esto ocurra, y por eso entendemos que aquí como en otras partes del mundo, la existencia de más restricciones a la movilidad humana solo puede redundar en más delitos e inseguridad.

Está comprobado que cada vez que surge una norma para reglamentar una conducta ilegal y penalizar a los actores, surgen al menos tres formas más de consumación del acto regulado; por ejemplo, cuando se penaliza la venta de un X producto que venía siendo comercializado de forma ilegal, aunque se legalice (tal el caso de la marihuana en Uruguay), un grupo va a pretender seguir su práctica ilegal, otro tanto se va a ajustar a la norma y otro grupo, va a buscar el vacío o el mecanismo legal distorsionado para seguir obteniendo y consumiendo el producto de forma ilegal (con la fachada de club canábico u otro), porque el fin primigenio y superior en este tipo de prácticas es hacer dinero, obtener una ganancia y cuanto más fácil mejor; así ocurrió con los alcoholes, con los juegos de azar, etc..


“Nosotros decimos constantemente
que esto de las migraciones
es un enorme negocio para 
muchísima gente y que detrás 
de todo este sufrimiento humano
hay gente haciendo muchísimo dinero"


Ahora bien, esto no es un defecto, problema o patología social únicamente nuestra (de los fronterizos, que de un modo u otros vivimos de forma cotidiana ese tipo de práctica por medio del contrabando); es un problema mayor, que se repite por ejemplo en Europa. Tal es así que hace unos días desde España, en el sitio “La Voz de Almería”, la eurodiputada Sira Rego expresaba: “Nosotros decimos constantemente que esto de las migraciones es un enorme negocio para muchísima gente y que detrás de todo este sufrimiento humano hay gente haciendo muchísimo dinero [...[el negocio migratorio hace que mucha gente gane mucho dinero y lógicamente interesa mantener determinados puntos de tensión. Pero si estos recursos se plantean para que haya vías legales y seguras para que quien necesita llegar a Europa lo haga sin jugarse la vida, seguramente las cosas serían distintas. Nosotros insistimos mucho en que hay una política de externalización de fronteras porque hay mucha industria en torno al negocio migratorio. Si resuelves el problema migratorio, automáticamente toda la industria deja de ganar dinero”. Todo esto se agravó aun más cuando surgió el tema de la pandemia, ya que: “Hemos pagado muchísimo dinero público para adquirir vacunas que en muchos casos ni siquiera han llegado. Se ha invertido muchísimo dinero público para la investigación, y no tenemos ningún control sobre las patentes. Y hemos visto cómo los poderes públicos están velando por los intereses de la gran farmacéutica, impidiéndonos a los diputados acceder a los contratos. Esto es algo gravísimo. Han privatizado la transparencia”. Quizás por eso también quieran privatizar los pasaportes verdes: para librar de toda responsabilidad legal a los gobernantes, a la hora en que se pretenda llevarlos ante Tribunales de Justicia Internacional, por las violaciones a los derechos humanos migratorios y a la libertad de circulación de las personas.


"Se ha invertido muchísimo dinero público para la investigación, y no tenemos ningún control sobre las patentes.

Y hemos visto cómo los poderes públicos están velando por los intereses de la gran farmacéutica, impidiéndonos a los diputados acceder a los contratos.

Esto es algo gravísimo.

Han privatizado la transparencia”


Hoy es evidente que estas transformaciones sociales, legales y migratorias, no ocurren de forma casual o azarosa; tristemente, con los años hemos acabado descubriendo que siempre han existido intereses y personas empeñadas en que algunas cosas ocurran de determinada manera. Por ejemplo, hoy sabemos que la gran corriente migratoria de Europa para América, hace siglos atrás, se debió a la necesidad de poder contar con mano de obra barata y así mismo descomprimir las zonas del planeta que se encontraban superpobladas y enfrentaban crisis económicas pre o post guerra; y más cercano en el tiempo, quedó confirmado por documentos públicos que todo lo que ocurrió en nuestro cono sur en la década de los ´70 (hoy conocido como “Plan Cóndor”), fue estratégicamente delineado desde el norte, endeudando y condenando el futuro económico de las democracias a exorbitantes deudas externas. Entonces no podemos, hoy día, creer que aquí las cosas pasan por azar de la naturaleza o por casualidad, sino que debemos tener presentes los intereses que circundan nuestras vidas cotidianas y aprender a evitar su influencia directa en nosotros y en nuestros seres queridos, si queremos alcanzar algún grado de bienestar y felicidad.

Si una cosa hemos perdido, con todo esto de las redes de internet, es la medida preventiva de analizar la autoridad del emisor de un mensaje, saber si el que habla de un tema, expresa una opinión o dice algo de los #Quileros o Free Shop, sabe o conoce en profundidad de lo que habla; damos por sentado que quien sale en una pantalla es alguien de respeto, pero, generalmente en el caso de las fronteras, nunca vivió ni sabe mucho de lo que es la vida en la región, y esto va más allá de las ideología, ocupación o profesión -como dice un amigo, “zapatero a su zapatos”-, y si alguien quiere opinar, que acredite capacidad, solides y respeto para “bajar línea” o construir opinión sobre el tema, sea influencer o referente político, quienes mejor entienden o saben de los temas de frontera son los que la ocupan.

Puede que resulte difícil cambiar algunos hábitos; tal vez sea complicado desandar parte del camino, y hasta pueda ser duro empezar a cuestionarnos algunas cosas; pero es bueno y necesario empezar a buscar la felicidad en las pequeñas cosas de nuestra vida, dejar de correr la zanahoria que nos venden, y por sobre todo, empezar a pensar y entender que hay gente que disfruta y se beneficia de nuestra infelicidad, sin miedo ni temor, acabando con el terror y disfrutando la libertad y las bellezas de nuestras fronteras, emancipándonos en las fronteras, rebelándonos a eso que nos quieren establecer para beneficiar a alguien más y no a nosotros.

Richar Enry Ferreira

https://valenciaplaza.com/habitar-frontera-charla-sobre-arte-margenes-subversion
https://www.lavozdealmeria.com/noticia/12/almeria/215324/mucha-gente-gana-mucho-dinero-con-el-negocio-migratorio-interesa-la-tension 

sexta-feira, 30 de abril de 2021

LA EMERGENCIA SANITARIA Y EL PASAPORTE VERDE

La Agencia Europea de Medicamentos resolverá quien ingresa a Europa

fronteras, inseguridad, seguridad publica, pase verde, covid

Con el fin de brindar una mirada diferente a la información geral sobre la situación de pandemia en la región, y ante el deseo de devolver la movilidad de las personas a la normalidad, se ha iniciado una discusión que al principio podría ser una luz al final del túnel, y es la propuesta de un pasaporte o pase verde, que en principio debe tener validez científica, para que sus titulares estén protegidos de las enfermedades más comunes en los países de destino, y así, poder realizar las actividades a las que se mueven y evitar la sobrecarga de los servicios de salud.

Pero aquí surgen las primeros cuestionamientos a dicha propuesta: ¿cuál sería el impedimento para entrar a un país o evento, cuando el virus que provocó la pandemia ya ha estado presente en casi todo el mundo hace más de un año? ¿Por qué ese documento sería obligatorio cuando la mayoría de la población local ya está vacunada –según algunas autoridades- y solo el viajero que llega no lo está? ¿El no vacunado, representa en realidad un peligro para la salud suya o de la población local?

Es bueno señalar que Uruguay es un caso especial, no solo por su dimensión geográfica, sino también por su densidad poblacional; se logró vacunar en promedio al 1% de sus habitantes por día, lo que significa un 20% ya vacunado con la segunda dosis, aunque aun así, solo el 35% recibió solo la primera dosis, y más del 1% de los designados para recibir la vacuna de una marca específica han desistido, todo ello con una población de menos de 3,5 millones de habitantes y más de 2.5 millones de dosis adquiridas hasta el momento.

Ahora, para comprender mejor los hechos a nivel regional, es necesario tomar en cuenta una variable no menor, y me refiero a la cantidad de vacunas existentes y la densidad poblacional de los países, especialmente en la región del cono Sur, factor que varía bastante en los países grandes, donde la vacunación no supera el 15% de la población general, lo que conduce a una discriminación absurda con la mayoría que no puede o no quiere ser vacunada, sin olvidar que en ambos casos, Brasil y Argentina, las dificultades de gran parte de la población para acceder a la vacunación en estos países, se debe tanto a las distancias como a las características geográficas naturales, que son diferentes en cada región del continente.

Dado este escenario regional y las diecisiete (17) variedades de marcas de vacunas en el mercado de la industria farmacéutica, es difícil imaginar hoy la vigencia de un documento único, pasaporte verde o pase de salud migratorio internacional, que limite la movilidad solo a los viajantes inmunizados -que pueden trasladarse por turismo, por trabajo, por comercio, por necesidades familiares u otros motivos- ya que los Estados podrían estar agravando las dificultades migratorias, al tratar de manera diferente quién está vacunado y quién no, colocando a algunos sectores de la población en situación de mayor vulnerabilidad social, al dificultar aún más las ya complejas condición legal de los viajantes, pudiendo así los gobiernos, incluso, estar incurriendo en flagrantes violaciones de los derecho humano a la libre movilidad y migración de las personas. *(Art. 13 y 18 OACDH-ONU)

Incluso, aunque la comunidad europea diga que este pasaporte o pase no sería “una herramienta de discriminación”, que es solo será para informar a las autoridades, y que no será una oportunidad o licencia para espiar la vida privada de nadie -ya que los datos estarán protegidos-, porque además sería gratis; sin embargo, el mismo “solo se obtendrá con vacunas aprobadas por la Agencia Europea de Medicamentos”, tal como los han expresado las autoridades de la Unión Europea, lo que de hecho ya es discriminatorio y se transforma en una externalización de las fronteras, declinando en un agente externo, en este caso la Agencia Europea de Medicamentos, la potestad resolutoria de quien ingresa a un país o no.

 

“solo se obtendrá con vacunas aprobadas por la Agencia Europea de Medicamentos” ... una externalización de las fronteras, declinando en un agente externo, en este caso la AEM, la potestad resolutoria de quien ingresa a un país o no.

 

Si a todo esto, le agregamos además que mucha gente ya se salteó la filas corrompiendo autoridades, golpeó a otro e incluso fue a la cárcel por ese motivo, es bueno recordar que en la medida que se aumentan los requisitos para ingresar a un país y se suman dificultades en el acceso legal a un país, crecerá la inseguridad y surgirán los sistemas ilegales de trata de personas, en esas zonas grises, en la que se operarán organizaciones ilegales en las fronteras, tratando de facilitar el paso a aquellas personas que no tengan el referido requisito; habría que valorar entonces si todo esto es válido solo para saber si alguien está inmunizado o no.

Si bien es real que hoy día ésta no sería la única vacuna en el mundo requerida para ingresar a otros países, ya que para viajar a África, Australia, Japón y otros países del mundo, desde hace mucho tiempo, ya es necesario contar con ciertas vacunas -aunque en estos casos se trata teóricamente de una enfermedad y una sola vacuna es la aplicada-, sin embargo aquí tenemos una gran diversidad de vacunas para un solo virus y sus variables. No olvidemos además que en países como Alemania, Francia, Italia y España una determinada marca de vacunas no es aceptada y es aquí donde surgen más dudas: ¿cuál sería la decisión de las autoridades migratorias para un turista o viajero, que tiene el pasaporte verde emitido por su país de origen donde se vacunó con esa marca no aceptada? ¿se volverá a vacunar a la persona con la marca aceptada en el país de destino? ¿Es inútil la vacunación realizada en el país de origen? ¿Puede suceder lo mismo con una misma persona en todos los países a los que viaje y en donde no se reconocen la marca de vacuna aplicadas en el país que emitió el pasaporte o pase?

Surge así otra incógnita: ¿que ocurre -sintomáticamente hablando-, con las personas que acaban siendo sobreinmunizada? Porque estás vacunaciones siempre ocurre sin el análisis serológico previo, tanto en Uruguay como en el exterior, entonces: ¿podría esto ocasionar mayores daños físicos a los dosificados -sea porque ya posee su inmunidad natural activa o por la sobre carga inmune aplicada por la excesiva vacunación-, o alguien da garantías de que no ocurrirá nada grave con esas personas?

Sin dudas todavía hay mucho más incertidumbres que certezas, pero también se necesitará más información, información que no todos los países brindan a los ciudadanos, ya que muchos de ellos ignoran las condiciones óptimas necesarias para ser vacunados, desconocen los componentes biológicos de las vacunas y sus efectos o no saben si ya no portan el virus a la hora de ser vacunados. Quizás se deba a que los Estados y las propias farmacéuticas se desentienden y liberan de toda responsabilidad jurídica o penal, o quizas se debe a que los acuerdos secretos y reservados, entre los gobiernos y las industrias. La cuestión es que así están dejando a la población en desventaja y desprotegida, exigiendo el consentimiento informado y apelando a la libertad responsable de cada uno para vacunarse, cuando, como y con algo que no conocen.

Si no hay vacunas suficientes, si algunos ejerciendo el derecho sobre su cuerpo se niegan, y a otros se les dificulta saber cual marca inocularse, porque se apela a una “obediencia debida”, que ya no es aceptada ni por los Tribunales de Justicia militar o policial, para pretender imponerle a los ciudadanos la vacunación compulsiva, con que autoridad los Estados tratan a los ciudadanos como si fuera soldados o coboyos, cuando la gran mayoría de ellos no puede ser responsable de algo de lo que no está absolutamente consciente o preparado para comprender en todas sus dimensiones.

Richar Enry Ferreira

quarta-feira, 21 de abril de 2021

CIERRE DE FRONTERAS

¿De qué hablamos cuando decimos “que se cierren las fronteras”?


fronteras, sociedad, contrabando, quileros, seguridad, inseguridad
 Desde hace algunos días se viene escuchando, en diversas tiendas políticas, voces que piden el terminante cierre de fronteras para “frenar los  niveles de contagio”, como si poseyeran estudios científicos y/o fácticos que certificaran la influencia de dicha población flotante en la salud pública.

Para entender mejor la real dimensión del planteo, es necesario preguntarnos qué son las “fronteras” que se quieren cerrar, que función cumplen en nuestra vida cotidiana y cómo se implementaría dicho “cierre”, si es que eso es viable. Digo esto, porque sería muy irresponsable plantear una medida de tales características, si no se tiene conciencia cabal de sus efectos y consecuencias a corto, mediano y largo plazo, tanto a nivel económico, social, de seguridad como de salud humana.

Si las fronteras son “los territorios conformados en torno a los límites geográficos, determinados a través de accidentes geográficos o líneas imaginarias acordadas por los gobiernos de los Estados”, es evidente que desde ya no nos estamos refiriendo a puertas, como la de la Ciudadela, ni a acceso únicos y exclusivos por donde se puede evitar el traspaso de personas, bienes o servicio de forma sencilla. Pero es más grave aún ese planteo, ya que estigmatiza y castiga a los pobladores de dichas regiones, como si éstos fueran los culpables del mal que azota a la sociedad; quienes preconizan estas medidas, valiéndose de su idealismo mágico, creen poder exorcizar los males haciéndolos desaparecer, y con ellos frenar el avance invisible de un mal del que ni los capitalinos ni los fronterizos pueden estar a salvo, como si unos pudieran sobrevivir sin los otros.

Parecen no entender que por las fronteras ingresa gran parte de los que se consume en el país, y que sin esas aperturas fronterizas no sólo les sería difícil la vida a los propios fronterizos que aquí habitan –ya que familias se dividen vidas de un lado y otro, habitantes de un país se asisten en los centros médicos de un lado y otro, comercializan de un lado y otro-, sino que también se le haría la vida más difícil a esos otros que no viven en la frontera, pero que compran los vehículos importados, que comen de importados que entran por las fronteras, que se visten y medican con todo lo que por allí pasa.

Ni las dictaduras más duras en la región lograron cerrar herméticamente nuestras fronteras; y sin embargo, hay gente “más papista que el Papa”, gente más represora que los golpistas, gente más dictadora que los mismos dictadores, que gusta de aplicar el rigor y la represión, sin entender que de llevar adelante sus planteos, nos moriríamos todos en poco tiempo, y no a causa de un virus, sino por la incapacidad de reaprovisionamiento, porque no me imagino un “cierre de fronteras” con aeropuertos y puertos abiertos, y sin embargo de ellos no dicen nada.

Un profesional y comerciante de una ciudad fronteriza, del lado brasileño, con respecto a las probabilidades de contagio en la frontera decía hace poco en un medio capitalino: “insisto que nada tiene que ver con el ciudadano que viene a hacer turismo de compras en la región”; por su parte, el presidente del Centro Comercial Regional de Chuy, Jefferson Muniz, ha sostenido en diversas oportunidades que la solución NO ES cerrar los comercios legales y establecidos, que generan mano de obra formal.

Ahora, si las autoridades de gobierno entienden que ese es el camino correcto, la población fronteriza no tiene más que aceptar o rebelarse, acatar y recibir la asistencia social estatal o incumplir y salir a buscar el pan, morir o vivir; las opciones no son muchas y cada día son menos, ya ni los propios legendarios quileros están pudiendo sobrevivir con las trabas sanitarias impuestas en las fronteras, que por otra parte de nada han servido, porque no han reducido los “índices de contagio” y sólo han coadyuvado para aumentar el estado degradado y paupérrimo que ya venían experimentando las poblaciones del interior profundo que limitan con el vecino país, Brasil.

Hoy que el tema de la integración regional y el comercio con el exterior vuelve a estar en las tapas de las noticias, bueno sería volver a discutir de qué modo ese acuerdo comercial llamado MERCOSUR puede ayudar a reducir estas desigualdades sociales y comerciales de las fronteras, que día a día enfrentan un crecimiento desmedido de multinacionales y sociedades anónimas, que se llevan el poco capital sin dejar mucho o nada a las ya pobres poblaciones fronterizas, y pensar si una política espejo u otro modo de comercialización más liberal no podría ayudar a mitigar los daños experimentados, ya no sólo por una balanza comercial desfavorable, sino que ahora también agravados por una crisis sanitaria que dejará secuelas, en algunos casos irreversibles, en gran parte de la población no capitalina.

Qué bien le haría al país dejar de mirarnos el ombligo y empezar a atender con más vehemencia las dificultades del “resto” de la patria.

Richar Enry Ferreira