segunda-feira, 16 de agosto de 2021

SEM "PRESENTE" NEM FUTURO NAS FRONTEIRAS

Pode que a pobreza seja o furto do futuro,
mais, a pobreza na fronteira é a ausência de presente
e o assalto do futuro de muitos meninos

 
O passado domingo 15 foi o dia de celebração das crianças na Argentina e Uruguai; entanto no Brasil será o dia 12 de outubro, porem, para a Unicef o dia universal das crianças será o dia 20 de novembro. No entanto, para muitas pessoas isso não importa, essas questões não mudam em nada a realidade da vida de muitos meninos que moram nas fronteiras, não só de aqueles que nasceram o moram ali, mais também dos migrantes que tem chegado a muito tempo na região.

Por exemplo tem sido “durante o ano de 2020, 1.577 crianças separadas, desacompanhadas e sem documentos [...] apenas nos três primeiros meses de 2021 o número chegou a 1.071”1, só entre Venezuela e Brasil; porem, “entre outubro de 2020 y fevereiro de 2021, pelo menos 430 meninos, meninas e adolescentes (NNA) saíram da Venezuela só o junto a outros menores de idade.

Alem do mais, 51.250 crianças e adolescentes se moveram em uma migração misturada que passou a fronteira colombo-venezolana (32.500 retornaram)”2 segundo fontes venezuelanas. Por isso alguns acreditam que não a nada que celebrar. Na Argentina “O 67% de nossas crianças estão por baixo da línea de pobreza, cerca de 8 milhões de almas em pena sem horizonte a vista. Um milhões de crianças desertarão das escolas durante o último ano y nenhum foi a escola em 2020”3.

Ter que assistir a escola sem saber pra que, sem outro objetivo futuro alem de ter que ir para poder se alimentar de graça, ou para não ficar só na casa, ou na rua enquanto os pais trabalham, ou para receber os benefícios sociais do governo; ou até pior ainda, tendo que deixar de estudar para ir trabalhar no que bem poder, porque não a dinheiro suficiente na casa, o pai está enfermo ou a mãe ganha muito pouco trabalhando nos comércios da fronteira, com as vendas nas ruas o com os serviços de diarista.
Nem falar das crianças que tem migrado para uma cidade nova, com outra cultura e até com outra língua, que os acolhe com bondade mais que já tem suas próprias dificuldades (de violência, desemprego ou ate de falta de assistência médica), mas, por mais que quisessem não poderiam proteger todas as frágeis crianças expostas a abusos, violência, descaso e até exploração, laboral ou sexual, o que tudo o mundo sabe mais ninguém fala para não ter problemas, mais que chegam ao Estado uruguaio: “Desde o 2017, mais de 800 menores tem se vinculado a centros do Instituto del Niño y Adolescente del Uruguay (INAU)“[...] “seja porque no tinham um referente adulto y o Estado fez-se cargo deles, e outros que vieram com seus pais e concorrem a centros da primeira infância ou clubes de crianças”4.

Todos sabem que ao chegar aos 12 anos, 15 no máximo, a pessoa tem que sair a batalhar e forjar o futuro, como em toda as partes, na fronteira não é diferente, a isso temos que adicionar a pandemia e a crise econômica que se faz sentir mais fortemente nas fronteiras, onde o que mais há são ilegalidades, porque os governos não tem a capacidade de criar fontes de emprego verdadeiras, que de a população da região um presente mais digno ou até a possibilidade de sonhar com um futuro melhor.

Talvez os governos da região devessem começar a investir mais na primeira infância e cuidando melhor da juventude, atraindo ou gerando emprego sustentável a fim de dar outras oportunidade e mais possibilidade de superação pessoal, reduzindo as desigualdades intelectuais e financeiras, para que os guris de hoje possam ter um trabalho digno, sonhos alcançados e vidas realizadas, sem ter que optar por um plano social do governo, ou pela ilegalidade ou a marginalidade do contrabando, fazendo de quileros ou bagayeras, como forma de sobrevivência; ou até quem sabe baixando o custo de produção na região 5, porque eles também podem e merecem viver melhor, não apenas como dependentes, mas também como empreendedores autônomos.

Richar Enry Ferreira
Publicación en español: AGENCIA Del Plata o El País
Referèncias

domingo, 8 de agosto de 2021

ARGENTINA, DE LA RE.DE. A LA JU.HUM.

Dejando el infantilismo

y asumiendo el lugar que le corresponde a cada uno


En sintonía con el trato arbitrario y la designación infantil o eufemística de la realidad que el gobierno argentino tiene para con algunos temas -ya que “la desventura de los “izquierdistas” está en que no han observado la propia esencia del “momento actual”1- tan delicado y caro a los ciudadanos, podría decirse que mientras ha popularizado la DESPO y la ASPO2, el mismo ha mantenido una actitud Represiva de Derechos (RE.DE.), en vez de construir gobernanza y transformar la situación de la seguridad pública en un punto fuerte de la democratización del Estado, siendo Jurídicamente más Humanista (JU.HUM.).

Décadas de ostracismo y negación legal de reconocimiento, han llevado a la Argentina a un estado de corrupción, abuso y descuido de sus fuerzas de seguridad, como es poco visto en la región, sin embargo, todo esto podría haberse evitado hace mucho tiempo, simplemente con una actitud aperturista y democrática, la misma que le permitió superar los momentos más duros e indeseables allá por los ´80, simplemente reconociendo la calidad de humana de los Policías, por algún mecanismo legal o simplemente reconociéndolo ante la Corte Suprema de Justicia de la Nación3, el Estado podría haber evitado el actual caos institucional que vive.

No caben dudas de que el Estado y las Provincias tienen el poder de regular el derecho a organizarse y reclamar, que tienen los trabajadores del área de la seguridad pública, por el solo hecho de ser personas4, pero, como dijo Esteban Arriada, Técnico Superior en Seguridad Pública y Secretario General del Movimiento Policial Democrático, durante el webinario del GRUPO América Segura5, realizado el pasado miércoles 21 de julio, donde explicaba: “lo peor de ésta pandemia es que ha venido a dejar en evidencia las injusticias que los trabajadores policiales viven; sin los equipamientos necesario y sin los medios adecuados para el servicio, pero ahora también sin la protección de aislamiento y de cuidado propios de ésta pandemia, aún los Policías no han dejado de trabajar ni de intervenir […] los abusos institucionales, algunos gobernantes se los atribuyen únicamente al personal uniformado, pero ese personal uniformado, actuó bajo las ordenes y las directivas de los gobiernos de los Estados y la Justicia”.

Por otra parte, el mismo agrega que, “lamentablemente las instituciones que tratamos de representar los derechos de los trabajadores de la seguridad pública no somos escuchados, todo lo contrario, somos ignorados, con absoluta alevosía, y no se nos permite la construcción de un dialogo, entre quienes pensamos el ejercicio de los derechos dentro de las responsabilidad de los trabajadores y quienes deben hacer que el mando político se cumpla; entonces, esto permite que las ordenes abusivas de los jefes sean ejecutadas por parte de los trabajadores, pero, después quienes pagan las consecuencias son solo los trabajadores. Así, quedan a la intemperie y nadie se hace cargo de la orden que dictaminó,… siempre, los platos rotos de las malas decisiones y de la mala política, la pagan los trabajadores”.

Las próximas instancias electorales tiene para, una sociedad amedrentada, desganada y desmoralizada6, pero especialmente para los trabajadores de la seguridad pública, la virtud de generar un horizonte de expectativa y una luz de esperanza, tan necesaria como imprescindible, para seguir viviendo, creciendo y prosperando, soñando con un mejor día después; donde los trabajadores policiales puedan denunciar la corrupción, ser parte de los tribunales disciplinarios, y así con los gobiernos, construir ámbitos laborales más dignos, generando transformaciones necesarias y acordando salarios justos, que le permitan a todo el pueblo contar con el servicio de seguridad que se merece7, dejando de ser atendidos “con lo que sobra del poder”, porque no tiene para pagar una seguridad privada o porque el personal policial es insuficiente.

La clave es no perder la esperanza y saber que siempre se puede estar mejor, solo depende de que la voluntad del soberano sea sensible a una realidad que no cotiza en bolsa pero que es tan o más valiosa para la construcción democrática, el dialogo nacional y el respeto a los Derechos Humanos de todos los argentinos y argentinas de bien, que a diario arriesgan su integridad física y propia vida para salvaguardar la paz social.

Richar Enry Ferreira

sábado, 31 de julho de 2021

O DITADOR QUE TODO GOVERNANTE CARREGA DENTRO

Há um ano e meio o mundo tem mudado,

e os governantes brasileiros não tem sido alheios a isso

comercios fechados

Alguns têm sido medidos ou moderados na sua gestão da pandemia, mais outros têm exposto aos olhos de todos o que eles realmente são, mas tentaram esconder por anos com discursos falaciosos de democracia.

Abril de 2020, “pequeno comerciante é preso e humilhado por abrir loja na quarentena”1, março 2021 “Juiz alega que decreto municipal é inconstitucional e libera comerciante preso por abrir loja em Ribeirão2, e por aí vai; uma quantidade imensa de pessoas tentando exercer o direito a trabalhar, tomando os cuidados que a situação exigia, mais ainda assim, o poder de governo o impedia fazendo uso da força, e não só em um Estado ou Município, os eventos foram se repetindo dia pós dia, cidade trás cidade.

Não sendo indiferentes a essa realidade, os próprios trabalhadores da segurança pública saíram a público com o intuito de fazer ouvir a sua voz, sem nenhum viés político, mais sim para salientar e recordar a verdadeira função das instituições policiais; com uma carta aberta a todos os Policiais e Bombeiros do Brasil que diz: “É fato notório que as autoridades de todos os entes políticos, em função do enfrentamento da pandemia instalada, estão editando atos normativos restritivos das liberdades e garantias individuais, por vezes contraditórios ou de constitucionalidade e legalidade duvidosa. Os irmãos de farda devem se acautelar no cumprimento das aludidas disposições normativas tendo sempre em linha de consideração os direitos e garantias individuais assegurados pela constituição e pelas normas aprovadas pelo Congresso Nacional”3, assim o assinalava a Associação Nacional de Entidades Beneficentes de Policiais e Bombeiros do Brasil em março de 2021 (ANERMB).

Em entrevista, realizada na passada quarta-feira 21 de julhio, por ocasião do primeiro webinario promovido pelo GRUPO América Segura, o Presidente da ANERMB, Leonel Lucas, Sargento da Policia Militar, com mais de trinta anos de experiência na corporação e Formado em Gestão Pública, expressou: “no inicio foi muito difícil, nos ficamos, como se disse, entre a cruz e a espada [...] fio muito difícil, muitas vezes teve confronto entre a população e a Policia Militar, no cumprimento de essas normas do isolamento [...] o problema maior foi de ter que fechar os comércios, aquilo que é o teu sustento, o bem da tua família, e muita gente perdeu o emprego. Aqui temos ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, que dize que não era para fechar comércio, os Governadores e os Prefeitos diziam que tinha que fechar os comércios, agora, você imagina a uma parte da população achando que tem que abrir o comércio porque o Presidente diz que não tem que fechar, e a outra parte falando pra fechar os comércios, e aí a quem é que tu vai obedecer nessa hora?: ao Presidente da República, aos Governadores e os Prefeitos. Então, a briga ficou política e nos os Policiais Militares ficamos no meio dessa briga política, e a população também, ali junto, no inicio foi muito difícil”4, por isso fizemos essa carta em março, para todos os trabalhadores da classe ter cuidado com o abuso de autoridade.

"A briga ficou política

e nos os Policiais Militares

ficamos no meio

dessa briga política,

e a população também,

ali, junto, no inicio foi muito difícil”




A arbitrariedade desde os Poderes não tem sido só uma percepção dos trabalhadores da segurança pública, instituições, autoridades e pessoal da área jurídica do país tem advertido sobre tudo isso e das conseqüências legais que pode acarretar para a cidadania, já que: “Parafraseando uma fórmula clássica do debate jurídico, podemos afirmar que, diante da pandemia, o direito brasileiro tem servido tanto como escudo que protege os direitos humanos, como a espada que os ataca e ameaça, pois normas e decisões judiciais têm servido a ambos papéis”5. Então por uma parte, “O Estado fica autorizado a adotar medidas coercitivas nos limites da lei, que, em situação de normalidade, violariam os direitos do cidadão. Essas medidas estão expressamente previstas no artigo 136, parágrafo 1º, Incisos I e II, da Constituição Federal. São elas: restrições aos direitos (i) de reunião, ainda que exercido em associações […] Por óbvio, a restrição dos direitos deve estar finalisticamente atrelada aos resultados que se pretende buscar com a medida. O estado de defesa não é um cheque em branco para a restrição dos direitos fundamentais”6, e também tivemos ao “Ministro Fachin determina suspensão de operações policiais em comunidades do RJ durante pandemia”7, com os efeitos que isso tem trazido para a sociedade carioca.

A questão e que a maioria dos governantes tem esquecido que é preciso pensar nos e nas profissionais que atuam na primeira “linha de frente”, e que estão em uma posição de maior risco de contaminação, que podem pegar, mais também transmitir o vírus para suas famílias e amigos; em vez disso a classe política não discute sobre os impactos da pandemia nas vidas dessas pessoas e nos espaços de trabalho, nem de como tudo isso tem afetado a esse cidadãos: “Por exemplo, na polícia de Nova Iorque, epicentro da pandemia nos Estados Unidos, no início de abril quase 20% do seu efetivo estava em licença médica por conta do COVID-19 e até o momento 41 pessoas que trabalham na força policial morreram por conta da doença. Estes números são o prelúdio do impacto que o vírus pode causar nas forças de segurança brasileiras. A Segurança Pública é uma área de atuação governamental essencial para a sociedade e que ganha ainda mais relevância em momentos de crise como o que estamos vivendo”8.

Enquanto eles se procuram, como diz Octavio Paz: “Cada leitor busca algo no poema. E não é insólito que o encontre; já o trazia dentro si”; continuaremos observando e analisando a aplicação das políticas de segurança pública e o respeito a Constituição Federal.

Richar Enry Ferreira

1 - https://horanews.net/pequeno-comerciante-e-preso-e-humilhado-por-abrir-loja-na-quarentena/
2 - https://evidenciador.com.br/juiz-alega-que-decreto-municipal-e-inconstitucional-e-libera-comerciante-preso-por-abrir-loja-em-ribeirao/
3 - https://www.acspmbmgo.com.br/noticias/carta-aberta-da-anermb-a-todos-os-policiais-e-bombeiros-do-brasil.html
4 - https://open.spotify.com/episode/4nJ8DPmm5QDJtCzGbj9VQj?si=CK0499KJST2ZReQcE-IXmA&dl_branch=
5 - https://static.poder360.com.br/2021/01/boletim-direitos-na-pandemia.pdf
6 - https://www.conjur.com.br/2020-mar-24/embargado-opiniao-formas-manutencao-ordem-publica-tempos-pandemia
7 - http://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=444960&ori=1

sexta-feira, 30 de julho de 2021

DIARIO URUGUAY presenta el Libro: QUILEROS, entre historias y caminos

TIENDA DE LIBROS

El presente libro, contiene una recopilación de autores fronterizos y surge como una iniciativa ciudadana, un trabajo autónomo e independiente de toda organización o institución, pública o privada, local o nacional, creado con el único objetivo de recuperar y revalorizar las historias de frontera relacionadas al contrabando de sobrevivencia, también conocido como quileo, el cual se practica en toda la región limítrofe con el vecino país, Brasil, y se remonta incluso a antes de la constitución de la patria, el cual sin embargo, no es enseñado por la educación formal, ni consta en los libros curriculares de ningún nivel educativo.


Se constituye así, este material, en un documento inédito, donde se relatan vivencias y anécdotas, donde se plasman semblanzas y se describen andanzas únicas, con decenas de imágenes y representaciones gráficas. Un libro único en su tipo, importante para la construcción de la identidad y la cultura, particular y propia de los pobladores de frontera, que aún hoy día, a costo de su propia vida, viajan para adquirir bienes de consumo o comercialización, mercaderías que traen por diversos medios y distintos caminos, de a quilo y a diario, como forma de generarse una vida medianamente digna y así sustentar a sus familias.

El mismo, ha sido realizado en el entendido de que toda la población fronteriza tiene el derecho a reconciliarse con su pasado, con orgullo y sin vergüenza, resignificando la práctica del contrabando de sobrevivencia, conociendo las historias de sus antepasados, descubriendo los modos trabajo, de vida y de quileo que hasta hoy día se practican, incluso al margen de la ley, como forma de replantear el tema a futuro, actualizado y modernizado de acuerdo al marco legal regional actual.


Quienes desconocen los verdaderos motivos que llevan a las personas a ser “Quileros”, podrán descubrir detalles de sus motivos, razones y circunstancias que llevan a las personas a realizar dicha actividad, las tácticas y estrategias utilizadas para el transporte de la mercadería del vecino país, así como las ventajas y desventajas de la vida en la frontera; pudiendo así entender mejor y de forma más cabal que, esos seres humanos son trabajadores honestos y esforzados, responsables por familias y el futuro de los suyos, que buscan superarse incluso mientras estudian y trabajan en a capital, comiendo de esos productos más baratos lejos de la frontera.



“CONTRABANDISTAS: CRÓNICAS DE CARGUEROS” – Lucio Ferreira, de 95 años de edad, habitante de Chuy, Rocha.

“LOS CIMARRONES” – Jorge Carlos Muniz, de 60 años de edad, habitante de Vergara, Treinta y Tres.

“LOS CARGUEROS DE CONTRABANDO EN EL RIO YAGUARON” – Juan Carlos Muniz, de 58 años de edad, de Rio Branco, Cerro Largo.

“JUAN MORALES: QUILEROY PADRE DE FAMILIA” – Nicolás Barboza Morales, de 29 años de edad, nacido en Fraile Muerto, Cerro Largo.

“DE ACEGUA A MELO” – Richar Enry Ferreira, de 44 años de edad, oriundo de Melo, Cerro largo.

“CONTRABANDO, PERSPECTIVAS A FUTURO” – Atilio Amoza, 43 años de edad, de Tacuarembó.


AGRADECIMIENTOS

Como recopilador, tengo el gusto de decir que conozco a cada uno de los autores, y sé de la seriedad con la que han trabajado el tema; me consta que les es caro todo lo relacionado al modo de vida en la frontera, y que aquí solo se plantean hechos de la realidad, que reflejan el vivir y sentir de gran parte de la ciudadanía. Por ello, les agradezco inmensamente por haber confiado en mí para la elaboración de este trabajo.

A pesar de las dificultades para traer hasta usted esta compilación, sin el apoyo de ninguna institución pública o privada, es mi anhelo que el acceso a este texto haya sido de su agrado, que le haya enriquecido, y que le permita apreciar la vida de los quileros y de mucha gente que vive del contrabando hormiga con empatía, de un modo más humano, sin juzgar moralmente y sin condenar por prejuicio.

Se podrán dictar mil cátedras, se podrá brindar un sinnúmero de discursos tecnocráticos detrás de un escritorio, allá por la capital, y hasta se podrán realizar diversos informes periodísticos por parte de curiosos visitantes que vienen de paso; pero sólo los pobladores de esta región del país sabemos que, si no fuera por esos quilos de comestibles, por esas cargas de gas o por la venta de algunas ropas, la gran mayoría de nuestros conciudadanos no podría llegar a fin de mes.

Sólo quienes salen en ese viaje interdimensional -ya que para otras esferas de la sociedad eso es irreal, y pertenece a una dimensión desconocida-, sólo ellos, los que salen esperanzados a traer algo para poner en la mesa o revender, pueden contar y compartir lo que se vive y se siente saliendo día a día, aún a costo de sus vidas, a buscar el sustento mínimo para darles dignidad a sus familias, ya sea porque no hay trabajo, porque no están preparados para otra labor o simplemente porque no queda otra y hay que salir a luchar.
Agradezco a mi padre, Arturo Ferreira, por ese diseño de portada donde se autorretrató exclusivamente para esta publicación; por tomarse su tiempo no sólo para dibujar y pintar, sino para contarnos, siempre con orgullo, esa etapa de su vida, permitiéndonos así respetar y valorar a todos los que, antes y después que él, salen a diario con honestidad a enfrentar la inequidad, poniéndole el hombro a las cargas y el pecho a las balas, ya sea porque necesitan mantener una familia o porque se quieren superar personalmente, pero el entorno no propicia las condiciones laborales y sociales necesarias.

Espero que pronto podamos contar también con el Documental QUILEROS, y así, descubrir otras facetas del tema aportada directamente por los involucrados.

A todos, mil gracias; y a los que ya no están porque dejaron su vida en la ruta, desde aquí nuestro humilde homenaje. Q.E.P.D.

RicharEnry Ferreira



segunda-feira, 26 de julho de 2021

RESTRIÇÕES DE DIREITOS EM PANDEMIA, DA PERSPECTIVA EMPÍRICA

Um tema que é de interesse para ter uma sociedade latino-americana segura

Restrições de deireitos

“Restrições de direitos no contexto da pandemia” foi tema de discussão de três referentes regionais em segurança pública: Leonel Lucas do Brasil, Formado em Gestão Pública, com mais de três décadas de experiência na Polícia Militar e líder nacional do entidades representativas da Polícia e Bombeiros Militares na ativa e aposentados do Brasil (ANERMB); Oscar Benavides do Chile, Magister em Sociologia, Gendarme por mais de trinta anos e dirigente sindical dos penitenciários e fiscais (ANFUP e ANEF); e Esteban Arriada, da Argentina, Técnico Superior em Segurança Pública, ex-policial e líder social do Movimento da Polícia Democrática (MPD).

O evento aconteceu na última quarta-feira, dia 21 de julho, por meio de um canal na web, enquadrado em uma série de palestras ou webinars, denominada "Sociedade Latino-Americana Segura", que ocorre por iniciativa do "GRUPO América Segura" e que continuará ocorrendo nos próximos meses e culminará com uma grande conferência de encerramento em novembro de 2021.

Essas reuniões têm como objetivo “gerar insumos para a análise, mensuração e projeção de políticas públicas e segurança cidadã para a América Latina e o Caribe” - conforme estabelecem os princípios do GRUPO-, para que os cidadãos possam passar de estar “informados” sobre a insegurança para conhecer em profundidade seu papel no discussão do tópico. No caso de Benavides, por exemplo, ele nos ilustrou sobre o esforço conjunto dos trabalhadores (Gendarmes), dos privados de liberdade e suas famílias, para prevenir o crescimento de infecções nas instalações prisionais, limitando as visitas voluntariamente e com consentimento, tem sido o que tem evitado confrontos e conflitos entre os trabalhadores e a população carcerária. Lucas, por sua vez, expôs a difícil situação que os policiais enfrentaram, impedindo a população de exercer seu direito ao trabalho, quando as autoridades do governo estadual ordenaram o fechamento de toda atividades comerciais, como forma de reduzir os índices de contágio. Enquanto isso, Arriada criticava muito a falta de insumos e condições adequadas para policiais e agentes penitenciários, que, como em outros países (como o Uruguai), tiveram que cuidar de si e principalmente de sua saúde e da família individualmente, sem nenhum tipo de apoio técnico ou de saúde do poder público em seus locais de trabalho ou em suas residências.

Da mesma forma, Benavides exigiu que as autoridades que dirigem as instituições de segurança - policiais ou penitenciárias - sejam mais humanas e respeitosas com os direitos de seu pessoal, citando como exemplo a condição de ex-dirigente sindical da ANFUP que teve o atual Diretor Nacional da Gendarmaria, refletindo que o mesmo poderia acontecer com os Carabineros, permitindo-lhes, assim, a organização e associação desses trabalhadores, de forma que a construção da governança da segurança pública seja realizada com a participação ativa dos próprios trabalhadores. 

Arriada destacou a importância de policiais e trabalhadores penitenciários terem uma organização sindical reconhecida pelo Estado, que lhes permita discutir conjuntamente salario e outras questões de dignidade do trabalho, já que há problemas que há anos são arrastados pelas forças de segurança, mas cada governo que passa insiste em ignorá-los, ignorá-los e seguir em frente sem reconhecer seus direitos de se organizar legalmente para discutir seus problemas.

Lucas, por sua vez, destacou o papel das entidades sociais representativas dos bombeiros e policiais militares, visto que elas têm sido moderadores de conflitos e interlocutores válidos perante os governos, ante o confronto que o Governo Federal tem com os Governos Estaduais e Municipais, os colocando em uma zona neutra e de fogo cruzado de nível político, mas os expôs juridica e legalmente a julgamentos e abusos de poder que excederam os poderes constitucionais das forças de segurança pública.

Representantes do GRUPO América Segura, anunciam que nos próximos dias os debates ou palestras via web abordarão temas de interesse geral e particular aos protagonistas que executam as políticas de segurança, como por exemplo: pensões e aposentadoria policiais, condições humanas de aposentados e suas famílias; suicídios e homicídios de trabalhadores, atendimento psicológico, acompanhamento e contenção; fronteiras seguras e políticas adotadas para tais regiões de países. Esperamos que, ao final desta série de webinars, o conhecimento dos cidadãos sobre o assunto tenha sido enriquecido; portanto, continuaremos aguardando a discussão dos temas nos próximos meses, a fim de mantê-los mais e melhor informados.

"Nos próximos dias os debates ou palestras
via web abordarão temas de interesse geral
e particular aos protagonistas
que executam as políticas de segurança"


Richar Enry Ferreira

Para leer en español AQUÍ AGENCIA del Plata

Acesse o webinario na integra AQUÍ